A desigualdade social no Brasil é algo real e presente dentro da nossa sociedade. Ela se manifesta, por exemplo,quando a maior parte da distribuição de renda se concentra nas mãos de poucos, como dizia Zé Ramalho ‘’ Com tanto dinheiro girando no mundo, quem tem pede muito quem não tem pede mais’’. A desigualdade social brasileira é uma das maiores do mundo.
Existe a exclusão social, que está se alastrando na juventude de baixa renda, quais os jovens brasileiros se vêem como incapazes de ter uma vida digna, muitas vezes crescem sem estrutura familiar devido a uma série de conseqüências causadas pela falta de renda, tendo um estudo precário, educação precária, alimentação ruim.
A desigualdade social tem causado o crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vida, e muitos deles não conseguem oportunidades e acabam se revoltando com a sociedade, e tornam se marginais comandantes de tráficos, crime organizado, às vezes não porque querem, mas sim por não restar alternativas. A desigualdade social acarreta uma situação da violência, e tentar pensar a utopia da paz acarreta na dinamização dos problemas das desigualdades sociais.
Alguns autores revelam que ‘’o Brasil não é um país pobre e sim um país desigual’’. Um país tem pobreza quando existe escassez de recursos, no Brasil podemos dizer que existe um volume grande de riquezas que estão mal distribuídas. O exemplo é a comida produzida no Brasil, sendo que todo o desperdício da comida daria para saciar a fome dos brasileiros, ou seja, a comida é suficiente para todos, mas a grande parte da população não tem acesso. O mesmo caso podemos descrever para a riqueza que o Brasil obtém, dá para acabar com toda desigualdade social, o problema que são mal distribuídos. Por exemplo, o Brasil tem uma quantidade expressiva de ouro, diamante, outros metais, petróleo, uma diversidade abundante em minerais, em espécies vegetais e animais em suas florestas, alguns considera o Brasil o país mais rico do mundo, mas que não sabe aproveitar e distribuir toda sua riqueza.
O Brasil tem a segunda pior distribuição de renda do mundo de acordo com o índice GINI (coeficiente que mede o grau de distribuição de renda ). De acordo com a pesquisa, ’’ 1% dos brasileiros mais ricos - 1,7 milhões de pessoas detêm umas rendas equivalentes a da parcela formada pelos 50% mais pobres (86,5 milhões de pessoas), um terço da população brasileira, 31,7% era considerado pobre, ou seja, 53,9 milhões de pessoas viviam com uma renda per capita de até meio salário mínimo. Alagoas é o Estado em que se contabilizou mais pobres, 62,3%, e Santa Catarina é o que está na melhor condição, com apenas 12,1% da população sendo considerada pobre. ’’ ( Folha de São Paulo)
Atualmente existem, programas de assistência á políticas sociais, que tentam promover uma distribuição de renda mais equilibrada, onde não consegue acabar com a desigualdade social, mas ajuda diminuir uma grande porcentagem, de uma má distribuição de renda.
Desde os anos 80 há um debate no Brasil em como prover assistência a famílias pobres e miseráveis. Betinho, Sociólogo, foi uns dos idealizadores em formular projetos em prol de famílias pobres e miseráveis e durante o governo de Fernando Henrique Cardoso foram lançados os primeiros programas diretos de distribuição de renda sendo definitivamente implantado no país, tendo em alguns programas parcerias com ONGs, dentro desses programas teve contribuições da ex primeira dama a Ruth Cardoso, Antropóloga que sempre estava envolvida em programas a combate a exclusão social e a pobreza. E dando seqüencia aos programas sociais temos hoje o bolsa família, criado para ajudar as famílias mais pobres e garantir a elas
o direito a alimentação e o acesso a educação e a saúde, criado no governo Lula.
Diante de tudo isso do exposto surge à questão, será que os programas de assistência sociais são suficientes para combater a desigualdade social, apesar de eles diminuírem uma má distribuição de renda?
Estas indagações são coisas que um sociólogo precisa responder e procurar tentar solucionar ou dinamizar os problemas reais encontrados dentro de uma sociedade. Vale ressaltar que o laboratório do cientista social não se baseia somente em livros e sim nos problemas da sociedade.
Postado por: Arnthor, (Tuco) Silva,A.A